JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se negou nesta quarta-feira ante o Parlamento a destruir o muro de separação levantado por Israel na Cisjordânia.
"Ouço as pessoas dizerem que, como a situação está tranquila na Cisjordânia, podemos desmantelar o fosso de segurança, mas na realidade é graças a esta barreira que reina a tranquilidade", afirmou Netanyahu em pronunciamento no Knesset (Parlamento unicameral).
"É graças a esta barreira e a certa melhora na ação dos serviços de segurança palestinos (da Autoridade Palestina) que a situação se tranquiliza. A barreira será mantida onde está", acrescentou.
Assim, ele reagiu ao título da matéria do jornal israelense Maariv, segundo o qual a Autoridade Palestina teria pedido ao presidente americano, Barack Obama, que pressione Israel a desmantelar este muro.
Israel fala de "fosso antiterrorista" e os palestinos de "muro do apartheid". O muro passa por vários setores da Cisjordânia.
Segundo a Corte Internacional de Justiça, este muro de separação construído por Israel "é contrário à lei internacional".