Bloqueios de estradas impostos por organizações para exigir o retorno de Manuel Zelaya paralisavam nesta quinta-feira (16/7) diferentes regiões de Honduras, depois de o presidente deposto ter incentivado os manifestantes à "resistência".
"Não desistam em nenhum momento", pediu Zelaya a seus seguidores em telefonema divulgado por alto-falante, constatou um fotógrafo da AFP.
[SAIBAMAIS]Centenas de motoristas ficaram parados na estrada perto de El Durazno, a 5 km ao norte de Tegucigalpa, esperando com paciência que a estrada fosse liberada pelos 5.000 membros de organizações populares que pediam o retorno de Zelaya.
Na capital, os manifestantes bloquearam a saída sul do país, em direção às fronteiras com Nicarágua e El Salvador.
"Queremos Mel (Manuel Zelaya)", gritavam por sua vez os manifestantes perto da cidade de Gracias, a 500 km a nordeste da capital, segundo transmissão de uma rádio local.
A polícia limitava-se a acompanhar os protestos, sem intervir, para evitar confrontos.
Estava sendo afetado o movimento de mercadorias em Puerto Cortés, o principal do país, uma vez que mais de 1.000 simpatizantes de Zelaya cortaram a estrada que comunica essa cidade com San Pedro Sula.
Também houve paralisações no caminho em direção a Comayagua e Olancho, a 200 km a leste da capital.