Autoridades somalis detiveram suspeitos do sequestro de dois conselheiros de segurança franceses na capital do país, informou hoje a uma rádio francesa o Ministério da Defesa da Somália. O ministro da Defesa Mohamed Abdi Ghandi disse à rádio RFI que soldados foram enviados para áreas onde os reféns podem estar. Ele disse que foi feito "contato" com os sequestradores, mas não deu maiores detalhes.
Os conselheiros franceses estavam numa missão para treinar forças governamentais da Somália, que combatem milicianos islâmicos. Eles foram sequestrados ontem de um hotel em Mogadíscio, uma das cidades mais perigosas do mundo. O gerente do hotel disse que os homens se identificaram como jornalistas quando se registraram no local, o que resultou em fortes protestos da organização Repórteres Sem Fronteiras, que disse que agentes do governo que usam o jornalismo como cobertura podem colocar repórteres de verdade em perigo.
O Ministério do Exterior francês disse que não tinha condições para verificar se os conselheiros haviam se identificado como jornalistas. O porta-voz do ministério, Frederic Desagneaux, disse que os dois estavam na Somália a convite das autoridades somalis, como parte da oferta da França de dar apoio às forças de segurança do país. No início deste ano a França anunciou planos de treinamento para as forças de segurança somalis usando tropas estacionadas na base militar francesa perto do Djibuti. Desagneaux não falou se algum grupo assumiu a responsabilidade pelo sequestro ou forneceu detalhes sobre a localização dos reféns, citando "a segurança de nossos compatriotas".