URUMQI - Policiais da unidade antimotim ocupavam as ruas do bairro muçulmano de Urumqi, capital regional de Xinjiang (noroeste da China), onde a calma reina nesta terça-feira (14/7), depois dos incidentes da véspera, especialmente a morte de dois uigures por disparos da polícia.
[SAIBAMAIS]A região de maioria uigur da capital de Xinjiang tinha o tráfego restrito e a maioria das lojas fechadas, assim como a mesquita. A cidade teve uma segunda-feira tensa, depois que a polícia abriu fogo contra uigures suspeitos de de violar a lei e matou dois deles.
Além disso, o braço magrebino da rede terrorista Al-Qaeda ameaçou atacar trabalhadores chineses no norte da África para vingar as vítimas da minoria muçulmana uigur que morreram durante os confrontos étnicos de Xinjiang (noroeste da China), informa um jornal de Hong Kong.
Segundo o South China Morning Post, que cita um relatório da empresa de análise de riscos Stirling Assynt, com sede em Londres, a Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI), implantada na Argélia, convocou represálias contra a China. Esta é a primeira vez que a rede de Osama Bin Laden ameaça diretamente a China ou seus interesses, destaca o informe da Stirling Assynt.
Centenas de milhares de chineses trabalham no Oriente Médio e na região norte da África. Apenas na Argélia o número chegaria a 50 mil.
A violência étnica entre hans, etnia majoritária na China, e uigures, principal minoria de Xinjinag, desde 5 de julho em Urumqi, capital da região, deixou 184 mortos e 1.680 feridos, segundo um balanço oficial.