O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convidou neste doming (12/7) o o presidente palestino, Mahmud Abbas, para uma reunião com o objetivo de alcançar uma paz política e econômica".
"Ao dirigente da Autoridade Palestina digo: nos encontremos para chegar a uma paz política e econômica", declarou Netanyahu na abertura do conselho de ministros semanal, excepcionalmente reunido em Beersheba, sul de Israel.
[SAIBAMAIS]A decisão de organizar o conselho de ministros nesta cidade próxima da Faixa de Gaza foi tomada para expressar a vontade do governo israelense de desenvolver a região desértica do Neguev.
"Não existe nenhuma razão para que não nos encontremos com o presidente da Autoridade (Palestina) e proponho que aconteça em Beersheba para que a paz avance pelo bem dos dois povos", completou Netanyahu.
Desde sua posse em abril, Netanhayu ainda não se encontrou com Abbas. Seu antecessor, Ehud Olmert, se reunia com frequência com o presidente palestino.
Netanyahu e Abbas já tiveram pelo menos uma conversa telefônica.
Abbas condicionou um encontro com Netanyahu ao fim da colonização israelense e à aceitação da criação de um Estado palestino.
O líder palestino reagiu com o pedido de que os dirigentes israelenses cumpram os compromissos do Mapa do Caminho.
"Como já dissemos, o que se exige é que todas as partes, palestina e israelense, cumpram seus compromissos dentro do Mapa do Caminho", afirmou Abbas.
O Mapa do Caminho, um plano de paz lançado em 2003 pelo Quarteto (EUA, Rússia, UE, ONU) e aprovado com reservas por Israel, prevê em especial a formação por etapas de um Estado palestino, assim como o fim da violência e o congelamento da colonização na Cisjordânia.
Netanyahu pediu ainda neste domingo que os palestinos reconheçam o caráter judaico do Estado de Israel.
"A fonte do conflito com os palestinos é sua recusa em reconhecer o direito dos judeus a seu Estado, e peço à direção e ao povo palestino que reconheçam este direito para que se abra o caminho da paz", declarou Netanyahu durante uma cerimônia em Jerusalém para recordar o 105º aniversário da morte de Theodore Herzl, visionário do sionismo político.
Netanyahu rejeitou até agora o fim da colonização, como pedem os Estados Unidos, e só aceitou pela primeira vez em meados de junho a ideia da criação de um Estado palestino, mas impôs uma série de condições, que foram rejeitadas por Abbas.