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Três empresas acompanham definição da corrida para vender 36 caças ao Brasil

Com a proximidade da %u201Cpeneira%u201D que definirá os dois finalistas na concorrência F-X2, da Força Aérea Brasileira (FAB), o vaivém de executivos das três empresas participantes tornou-se ainda mais intenso na capital. Após entregarem as propostas definitivas, em junho, a norte-americana Boeing, a sueca Saab e a francesa Dassault tentam acompanhar de perto a trajetória dos documentos sigilosos que trazem em detalhes a composição de cada avião, o cronograma de entrega, a contrapartida comercial e a possibilidade de transferência tecnológica %u2014 além, é claro, do preço. A expectativa é de que se conheça até a metade de agosto as duas empresas que seguem na disputa. A escolha é do comando da FAB e do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Entre a primeira proposta, entregue em fevereiro, e a chamada %u201Cmelhor oferta%u201D, representantes das concorrentes participaram de reuniões periódicas com militares da Aeronáutica e percorreram sedes de empresas brasileiras com as quais poderiam ser fechadas parcerias para a fabricação de peças e até softwares. Emissários da FAB conheceram de perto os aviões e suas linhas de montagem. O intercâmbio fez com que as três empresas percebessem as prioridades do governo brasileiro e adaptassem suas propostas às expectativas de aquisição de conhecimentos, de cooperação na produção dos caças e de preços. O que deve atrair mais a atenção da Defesa brasileira é o compartilhamento de tecnologia. É que o governo não considera encomendar os 36 caças do programa sem a garantia de que terá como produzir uma parte considerável da aeronave no país. Em entrevista ao Correio, representantes das três empresas revelaram que essa foi a principal preocupação ao redigir a %u201Cmelhor oferta%u201D. %u201CPelo que entendemos, o mais importante para o governo brasileiro é a transferência de tecnologia. E a nossa oferta é bastante consistente, pois abrange não só o fornecimento de aviões, como também um pacote considerável de cooperação e transferência de tecnologia%u201D, disse Jean-Marc Merialdo, representante do avião francês Rafale no Brasil. Os repórteres viajaram a convite da Boeing e da Saab para os EUA e a Suécia Vídeo do Rafaele F3 Vídeo do Super Hornet Vídeo do Gripen NG Leia matéria completa na edição deste domingo do Correio Braziliense