A morte do hipopótomo que pertencia ao falecido chefão do narcotráfico colombiano Pablo Escobar causou polêmica na Colômbia e fortes críticas ao governo por ter autorizado o sacrifício do animal. O hipopótamos foi morto por caçadores depois que ele escapou de uma reserva.
O mamífero morreu após ser atingido por três disparos de rifle em junho passado, na localidade de Puerto Berrío (oeste), mas o caso só foi revelado nas últimas horas, com a divulgação das fotos do hipopótamo morto.
Batizado de Pepe, o animal fugiu há dois anos junto a uma fêmea da fazenda Nápoles - então propriedade do chefe do cartel de Medellín no município de Puerto Triunfo-, onde vivem outros 22 hipopótamos em lagos artificiais.
O casal teve uma cria, segundo a autoridade ambiental da região de Corantioquia, que, em 9 de junho, ordenou o sacrifício dos três animais com o aval do Ministério do Meio Ambiente.
Para isso, a entidade local contratou um grupo de caçadores, que matou o primeiro hipopótamo e ainda têm ordem de fazê-lo com a mãe e o filhote.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Costa, justificou a medida assinalando que havia informes de que os três mamíferos estavam matando outros animais e destruindo cultivos. Isso não o poupou das críticas de outros políticos e protetores do meio ambiente, que apontam a falta de motivos para o sacrifício dos bichos.
Escobar, morto em 1993 e conhecido por suas excentricidades, ordenou o embarque de vários animais em 1970 para seu zoológico pessoal, entre os quais o hipopótamo macho que logo recebeu uma fêmea provenciente dos Estados Unidos.