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Obama e Bento XVI discutem política, imigração e aborto

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou hoje durante meia hora com o papa Bento XVI. Eles discutiram política imigração e aborto, entre outros assuntos. Obama concorda com o pontífice quanto à necessidade de ajudar os pobres. Discorda, no entanto, no que diz respeito ao direito ao aborto e às pesquisas com o uso de células-tronco. O presidente norte-americano agradeceu o papa pelo primeiro encontro e saudou Bento XVI dizendo: "É uma grande honra". No escritório do pontífice, os dois trocaram comentários elogiosos antes de os jornalistas e fotógrafos serem retirados do local. Mas eles escutaram quando o papa perguntou ao presidente dos EUA sobre a cúpula, concluída hoje antes da visita de Obama ao Vaticano, do Grupo dos Oito (G-8, que reúne EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Rússia). Obama afirmou que cúpula foi "muito produtiva". Após a audiência papal, o Vaticano emitiu um comunicado afirmando que os dois líderes falaram de imigração, do processo de paz no Oriente Médio e da ajuda aos países em desenvolvimento. Porém a declaração também deixou entrever as discrepâncias entre os dois líderes. "No decorrer do encontro cordial, a conversa antes de tudo abordou temas que são de interesse para todos e apresentam um grande desafio, como a defesa e a promoção da vida e o direito de todos em seguir o que mandam suas consciências". O porta-voz do Vaticano disse que Obama falou ao papa que tentará limitar o número de abortos nos EUA. Bento XVI deu a Obama um exemplar de um documento do Vaticano sobre a bioética, no qual está clara a oposição da Igreja Católica Romana ao uso de embriões para experimentos com células-tronco. Com informações da Dow Jones.