URUMQI - O prefeito de Urumqi, Jerla Isamudin, afirmou nesta quarta-feira (8/7) que as autoridades da capital regional de Xinjiang, noroeste da China, têm a situação sob controle, três dias depois dos distúrbios étnicos que deixaram pelo menos 156 mortos e 1.000 feridos na localidade. "Sob a correta liderança do comitê regional do partido e do governo, a situação está sob controle agora", declarou Isamudin ao canal estatal de TV.
[SAIBAMAIS]Ao mesmo tempo, o chefe do Partido Comunista Chinês de Urumqi, Li Zhi, afirmou que qualquer pessoa considerada culpada de assassinato durante os distúrbios será condenada a morte. "Aqueles que mataram brutalmente nos incidentes serão sentenciados a morte", declarou Zhi em uma entrevista coletiva em Urumqi. Segundo a lei chinesa, qualquer pessoa declarada culpada de assassinato pode ser condenada à pena de morte.
"Todos, e em particular os hans, devem mostrar calma e moderação", completou a principal autoridade do partido na cidade, em uma advertência à comunidade étnica majoritária na China, que deseja vingança depois dos atos de violência cometidos contra ela no domingo pelos uigures de Urumqi.
As autoridades chinesas mobilizaram milhares de soldados e policiais em Xinjiang, que se uniram ao já grande dispositivo de segurança na região. Alguns uigures chegaram a desafiar os policiais, que agiram de forma organizada e dispersaram os manifestantes sem atos violentos.
A dissidência uigur, a principal minoria da região de Xinjiang, de religião muçulmana, afirma que 400 membros da comunidade morreram durante os distúrbios com os hans, a etnia majoritária no país.