O ministro da Defesa de Honduras, Adolfo Lionel Sevilla, garantiu nesta segunda-feira que o presidente deposto, Manuel Zelaya, não correu risco em sua tentativa de voltar de avião a Tegucigalpa, e reafirmou que o espaço aéreo hondurenho segue fechado para voos não autorizados.
"É um exagero dizer isto", assinalou Sevilla sobre a afirmação de Zelaya de que seu avião foi ameaçado no domingo por aeronaves militares e pela instalação de veículos na pista de pouso do aeroporto de Toncontín. Zelaya tentava regressar a Honduras para retomar a presidência, após ser deposto e expulso do país no dia 28 de junho, por um golpe militar.
O ministro lamentou a morte de duas pessoas neste domingo, quando partidários de Zelaya tentavam chegar a pista do aeroporto de Toncontín. "Lamentamos que se tenha chegado a isto. Apelamos à consciência dos hondurenhos para que se manifestem em paz. Este é um regime democrático e garantimos o direito de expressão", disse Sevilla, que foi vice-ministro da Defesa de Zelaya.
Sevilla destacou que permanece a "proibição da entrada de aviões não autorizados" no espaço aéreo hondurenho e que o aeroporto de Toncontín segue sob o controle do Exército, mas está aberto a voos comerciais. "Definitivamente, não pode vir ninguém que não esteja autorizado" e se ignorarem esta disposição, poderão ser interceptados pela Força Aérea: "Esta é uma medida, mas esperamos não ter que aplicá-la".