As autoridades iranianas detiveram no dia 1; de julho uma universitária francesa de 23 anos a quem acusam de espionagem, anunciou nesta segunda-feira (6/7) o ministério das Relações Exteriores francês, que protestou oficialmente pela detenção, pedindo sua imediata libertação.
A jovem, Clotilde Reiss, "é inocente e deve ser posta em liberdade", declarou na noite desta segunda-feira o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, ao canal de televisão France 3.
O chanceler francês precisou que a jovem trabalha na universidade de Ispahan (centro) tendo sido detida quarta-feira no aeroporto de Teerã quando se dispunha a voltar para a França.
"Se entendemos bem, essa jovem foi acusada de espionagem, pelo envio de fotos tiradas com celular. Acho que se trata disso, isso não é espionagem, não pode ser; essa acusação é absurda", acrescentou.
"É uma jovem professora (...) que foi testemunha de manifestações, como milhões de iranianos" e "não se mostrou atuante", destacou o chefe da diplomacia francesa.
"Desejamos que tudo se esclareça e que a jovem seja libertada. Não há nenhuma razão para que Clotilde seja retida", acrescentou, repetindo em seguida: "exigimos essa libertação".
Segundo um porta-voz do ministério das Relações Exteriores francês, a jovem foi detida no aeroporto de Teerã quando se dispunha a deixar o Irã "depois de cinco meses de residência no país". A jovem está na prisão de Evin, na capital iraniana, especificou.