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Prefeito de Caracas completa três dias de greve de fome

O prefeito de Caracas, o opositor Antonio Ledezma, completou nesta segunda-feira (6/7) três dias de greve de fome na delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA), organismo ao qual pede o envio de uma comissão para avaliar a situação da democracia na Venezuela. Segundo Ledezma, a greve de fome que começou na sexta-feira (3/7) busca chamar a atenção internacional sobre a situação na prefeitura metropolitana de Caracas, que foi despojada, pelo governo central, de suas atribuições e do próprio orçamento. Estou pedindo que a OEA faça cumprir a Carta Democrática Interamericana", acrescentou. O estado de saúde de Ledezma, que só ingere líquidos, é considerado "estável" até agora, disseram seus colaboradores. Doze funcionários da prefeitura metropolitana de Caracas aderiram à greve de fome. Nesta segunda-feira, os principais dirigentes da oposição concederam entrevista à imprensa às portas da delegação da OEA em Caracas para solidarizar-se com Ledezma, do pequeno partido 'Alianza Bravo Pueblo', eleito em novembro com o apoio dos demais partidos opositores. Ledezma denuncia que sua prefeitura foi "desmantelada", depois que o presidente Hugo Chávez designasse em abril uma chefia de governo para o Distrito Capital de Caracas, para o qual transferiu quase todas as competências e recursos. A transferência do orçamento da prefeitura de Caracas para a chefia de governo do Distrito Capital impediram que 20.000 funcionários recebessem salários no último mês, denunciou Ledezma, para quem a criação do novo posto representa "um golpe de Estado como o que foi feito em Honduras".