TEERÃ - O candidato reformista iraniano nas eleições presidenciais de 12 de junho Mir Hossein Moussavi publicou um novo relatório para denunciar as "fraudes" e "irregularidades" do pleito, oficialmente vencido pelo ultraconservador Mahmud Ahmadinejad.
O documento, divulgado no site de sua campanha, o Ghalamnews, foi preparado pelo comitê para a proteção dos votos de Mussavi. Nele, o presidente Ahmadinejad é acusado de ter utilizado dinheiro do Estado para fazer campanha. Além disso, o relatório afirma que Ahmadinejad dividiu o dinheiro sob o nome de "ações para a justiça" para comprar o voto de eleitores das classes populares.
Moussavi acusa o ministério iraniano do Interior, responsável por organizar as eleições, e o Conselho dos Guardiães da Constituição, que supervisiona o pleito, de terem agido com parcialidade e serem controlados por amigos políticos de Ahmadinejad.
O relatório também denuncia a intervenção de alguns membros dos Guardiães da Revolução e da milícia islâmica Basij, que defenderam abertamente a candidatura de Ahmadinejad.
Por fim, o texto pergunta por quê o ministério do Interior aceitou imprimir 14 milhões de cédulas além das que estavam previstas para os 46 milhões de eleitores registrados, incluindo cédulas "sem número de série".
Segundo os resultados oficiais da votação, Mahmud Ahmadinejad obteve 63% dos votos, com 24,5 milhões de votos.