A Coreia do Sul minimizou e tratou com relativa indiferença os recentes disparos de mísseis de curto alcance da Coreia do Norte ao afirmar hoje que eles fazem parte de exercícios militares e mais lançamentos deverão ocorrer nos próximos dias. Não está claro ainda se o regime comunista de Pyongyang irá disparar um míssil de longo alcance contra o Havaí e funcionários americanos disseram que nenhum disparo parece iminente. Ontem, o Norte disparou quatro mísseis de curto alcance a partir da sua costa leste, pouco antes do feriado do dia da independência dos Estados Unidos, que cai neste final de semana. Os EUA e o Japão definiram os disparos como "provocativos".
Mas os disparos dos mísseis de curto alcance não foram vistos como ameaça pela Coreia do Sul e pelos EUA, que têm armas mais sofisticadas. A agência estatal de notícias da Coreia do Sul, a Yonhap, informou que os mísseis voaram por cem quilômetros e caíram no mar. Em 2006, a Coreia do Norte lançou o seu míssil mais avançado, o intercontinental Taepodong-2, enquanto os EUA celebravam o 4 de julho, ainda que o foguete tenha explodido poucos segundos após o lançamento e caído no mar.
Os novos testes aumentaram a preocupação da comunidade internacional com a intenção de Pyongyang de expandir seus programas nuclear e de mísseis, que teriam como objetivo a criação de ogivas atômicas para serem instaladas em vetores de longo alcance. O testes de ontem eram esperados desde que Pyongyang advertiu a todas as embarcações para que se mantivessem longe de sua costa entre os dias 25 de junho e 10 de julho.