A Organização Mundial da ao Saúde (OMS) informou que mantém a recomendação para os antivirais utilizados até agora contra o vírus da gripe suína, por considerar o primeiro caso de resistência ao Tamiflu algo "isolado".
"Não mudamos nossas recomendações no que diz respeito aos antivirais que existem hoje em dia", explicou à AFP uma porta-voz da OMS.
A organização considera que as duas moléculas que recomendou até o momento contra o vírus A (H1N1) continuam sendo eficazes: o oseltamivir, contido no Tamiflu do laboratório suíço Roche, e o zanamivir (Relenza), do laboratório britânico GlaxoSmithKline.
Para a OMS, o caso de resistência ao Tamiflu observado na Dinamarca é um caso isolado que não tem implicação para a saúde pública.
O Instituto Dinamarquês de Sorologia revelou na segunda-feira ter detectado o primeiro caso de resistência ao Tamiflu, e que o paciente enfermo teve que ser tratado com o outro antiviral.
A Roche confirmou a informação, mas minimizou o fato, alegando que o vírus A (H1N1) não se tornou globalmente resistente ao antiviral.
Em nota enviada à AFP nesta quinta-feira, a Roche esclarece que o vírus A (H1N1) continua sensível ao Tamiflu e que não se tornou globalmente resistente ao antiviral.
O laboratório reitera ainda que episódios de resistência isolados em pessoas tratadas com a droga são esperados, num percentual que varia entre 0,4% e 4%.
Isso, porém, não significa que o vírus da pandemia seja resistente ao Tamiflu. Os testes em andamento demonstram que o A (H1N1) continua sensível a esse antiviral, acrescentou a nota.
"Casos de resistência ao Tamiflu já foram registrados para H5N1 da gripe aviária", lembrou a porta-voz da OMS.
A gripe suína contaminou 77.201 pessoas em 120 países e territórios, com 332 morts, segundo o último balanço da OMS.