O laboratório farmacêutico suíço Roche afirmou nesta segunda-feira (29/6) que o caso de resistência da gripe suína ao medicamento Tamiflu comprovado na Dinamarca não significa que o vírus A (H1N1) se tornou globalmente resistente ao antiveral que produz.
[SAIBAMAIS]"É algo que esperávamos", explicou à reportagem um porta-voz do laboratório, David Ready, estimando que esse caso faz parte do 0,5% dos casos constatados que desenvolveram uma resistência ao medicamento durante testes clínicos.
"Nos testes clínicos com o Tamiflu havia regularmente alguns vírus resistentes, aproximadamente 0,4% nos adultos", afirmou a dra. Monelle Muntlak, diretora da unidade de antivirais da Roche na França. "É um caso isolado de resistência", enfatizou.
O primeiro caso de resistência ao tratamento com o Tamiflu foi detectado na Dinamarca, em um paciente infectado pelo vírus A (H1N1), anunciou nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Sorologia.
O infectado, de nacionalidade dinamarquesa, já está curado e não apresenta sinais da doença, acrescenta o comunicado.
Ante a resistência ao Tamiflu, o paciente foi tratado com outro medicamento, o Relenza, fabricado pelo laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK).
O Tamiflu é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um tratamento eficaz contra a forma atual da gripe suína.