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Juiz dos EUA ordena libertação de prisioneiro sírio de Guantánamo

Um juiz federal ordenou a libertação de um prisioneiro sírio detido na base americana de Guantánamo (Cuba), argumentando que sua prisão, depois de meses sendo torturado pela Al Qaeda e pelos talibãs "vai contra o senso comum". Segundo documentos do tribunal obtidos nesta terça-feira pela AFP, o juiz Richard Leon ordenou que a administração americana tome todas as iniciativas diplomáticas possíveis para facilitar a imediata libertação de Abdulrahim al-Ginco, alegando que sua prisão "vai contra o senso comum". [SAIBAMAIS]O governo afirma que a participação de Al-Ginco em atividades da rede Al Qaeda e dos talibãs no Afeganistão - onde ele supostamente teria recebido treinamento em campos extremistas para atacar alvos americanos - era suficiente para demostrar que se tratava de uma ameaça terrorista. Entretanto, em uma audiência a portas fechadas em maio, os promotores argumentaram que qualquer vínculo que Al-Ginco possa ter tido com a Al Qaeda ou com os talibãs terminou depois que ele foi preso e torturado por estes grupos, que o acusaram de ser um espião dos Estados Unidos.