O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou confiar na capacidade do Paquistão de isolar os extremistas, em uma entrevista exibida neste domingo pelo canal paquistanês Dawn TV.
"Confio na capacidade do povo e do governo paquistaneses de resolver seus problemas pela democracia e de isolar os extremistas", declarou Obama, que reiterou que seu país deseja ser "um sócio e um amigo" do Paquistão e não pretende interferir diretamente em Islamabad.
"Não temos nenhuma intenção de enviar tropas ao Paquistão", reafirmou Obama, cujo país tem quase 60.000 soldados mobilizados no vizinho Afeganistão.
"Apoiamos militarmente o Paquistão, e é importante assegurar que este apoio militar seja utilizado contra o extremismo e nossos inimigos comuns", explicou.
O Paquistão é cenário há dois anos de uma onda de atentados que deixaram quase 2.000 mortos.
"Somente o Paquistão e seu Exército tratam de seus assuntos militares", disse.
No entanto, Obama não respondeu uma pergunta sobre os supostos disparos regulares dos aviões sem pilotos americanos contra as zonas tribais do noroeste paquistanês, consideradas por Washington como refúgio dos talibãs e da rede terrorista Al-Qaeda.