Seis anos depois que seu predecessor, Tony Blair, decidisse apoiar a invasão liderada pelos Estados Unidos, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou nesta segunda-feira o início de uma investigação independente sobre a participação das forças britânicas na guerra no Iraque.
Esta investigação, que cobrirá um período que vai de 2001 até os dias atuais, será iniciada depois da retirada dos últimos soldados do país ainda Iraque, no fim de julho, e durará um ano, afirmou Brown em uma declaração ante os deputados.
"Será estudado o período que vai do verão de 2001, antes do início das operações militares, em março de 2003, e incluirá nosso envolvimento no Iraque até o final de julho deste ano", acrescentou.
"Esta investigação é essencial para que aprendamos as lições (desta guerra), reforcemos a boa vontade de nossa democracia, de nossa diplomacia e de nosso exército", concluiu.
No entanto, Brown informou que "por motivos de segurança nacional" a investigação será feita de maneira privada, provocando a cólera de muitos parlamentares e de ativistas contra a guerra.
A comissão vai indagar sobre as causas que levaram Blair a apoiar o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em sua decisão de invadir o Iraque para acabar com o regime de Sadam Hussein.
Desde março de 2003, um total de 120.000 soldados britânicos participaram em algum momento das operações no Iraque. Um total de 179 britânicos morreram nesta guerra, desde então.