Os Estados Unidos nunca estiveram tão próximos do Brasil quanto agora. Pelo menos, no que se refere ao turismo e ao intercâmbio estudantil. Os números revelam que os brasileiros estão conseguindo viajar mais para a terra de Barack Obama. Nem a gripe suína, nem a crise econômica internacional intimidaram. Em Disney Resort (Orlando), por exemplo, o único mercado internacional a crescer foi o brasileiro. Entre janeiro e abril, a visitação aumentou em 40%, comparada ao mesmo período de 2008. A explicação está aqui, no Brasil. Mais precisamente na embaixada norte-americana, que agilizou o processo de liberação de visto ; o maior obstáculo dos brasileiros antes de embarcar.
Prova disso é o balanço de maio. Cidades brasileiras estão no topo da lista internacional de postos de atendimento mais movimentados. São Paulo lidera entre os cerca de 270 postos do governo norte-americano espalhados pelo mundo. A média de atendimentos no mês chegou a 1.073 por dia. O Rio de Janeiro aparece em 22º. Brasília também está em lugar de destaque, na 29ª posição, com 291 entrevistas por dia (veja arte).
Isso se deve ao aumento da capacidade dos consulados americanos no Brasil em atender aos pedidos de visto. O Brasil sempre esteve entre os países que mais demandavam o serviço. No entanto, era superado pela Índia, China e México. A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil realizou um verdadeiro mutirão para desafogar a demanda reprimida de turistas brasileiros. A ordem foi reduzir o prazo, que chegava a uma espera de 90 dias, para o agendamento das entrevistas. Mais funcionários foram enviados e outros remanejados de setores, com o objetivo de reforçar o atendimento.
A força-tarefa durou de setembro a dezembro do ano passado. Em Brasília, por exemplo, o número de entrevistas diárias aumentou de 250 para 750, durante o mutirão. Ao todo, no período, foram avaliados 250 mil pedidos no país. A grande maioria dos solicitantes teve o visto concedido. Com a demanda atendida, a fila encurtou. Na sexta-feira passada, era possível agendar em Brasília a entrevista para um prazo de 12 dias. A média muda e depende da procura na semana. A capital federal registra o menor tempo de espera entre os quatro consulados ; situados em São Paulo, Rio, Brasília e Recife. O maior tempo, 34 dias, foi registrado em SP.
Economia
A novidade é que o Brasil será o próximo país no qual os EUA vão implantar o novo sistema para tirar vistos. A medida promete facilitar a vida do cidadão brasileiro na hora de dar início ao processo. Diversos formulários, que têm hoje o preenchimento obrigatório, serão substituídos por um único, a ser acessado e respondido por meio da internet. O projeto piloto ; Consular Eletronic Application Center Form (Ceac, pela sigla em inglês) ; está sendo adotado em outros países e, graças à sua eficiência, será expandido. Não há data exata definida para o início no Brasil, mas se estima que dentro de um ano.
;Os formulários de papel serão eliminados. Não será mais preciso preencher três ou quatro, como hoje. As informações serão fornecidas por meio de um único documento eletrônico. Facilitará nosso trabalho e do cidadão. Nossa intenção é reduzir ao máximo o tempo que as pessoas precisam ficar, aqui, no consulado, para tirar o visto;, adiantou a cônsul americana em Brasília, Joanna Weinz, em entrevista ao Correio. De outubro de 2008 a junho deste ano, 370 mil brasileiros foram entrevistados para obter o visto. Em Brasília, 46 mil. A capital federal é referência para a demanda do Centro-Oeste e do Norte.
Saiba mais
Para obter informações do processo para retirada de visto, acesse o site www.visto-eua.com.br
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