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Israel: milhares de pessoas participam da Gay Pride de Tel Aviv

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Mais de 20.000 pessoas participaram nesta sexta-feira da Gay Pride anual de Tel Aviv, organizada desde 1988 e patrocinada pela prefeirua da capital isarelense. O desfile reuniu num ambiente colorido, com danças e música, homossexuais de ambos os gêneros e defensores dos direitos cívicos de gays e lésbicas. O deputado Nitzan Horwitz do partido Meretz (oposição de esquerda com três cadeiras no Parlamento) pronunciou um discurso no começo da manifestação em um parque da capital, denunciando grupos ultraortodoxos e de extrema-direita homófobos; prometeu que a "luta pelas liberdades prosseguirá no país". "Em Israel, fora de Tel Aviv, gays e lésbicas são perseguidos, vítimas de ostracismo e suas famílias os rejeitam", destacou o deputado. Forças policiais foram mobilizadas para proteger os manifestantes, e várias grandes avenidas da cidade foram fechadas ao trãnsito. A polícia manteve afastado um pequeno grupo de manifestantes da extrema-direita nacionalista e religiosa com cartazes com os dizeres: "Deus odeia a perversão". A manifestação foi concluída com a celebração simbólica de cinco casamentos entre pessoas do mesmo sexo. O Estado hebreu não reconhece a união homossexual. O ministro do Interior israelense, Eli Yishai, do partido ultraortodoxo Shass, junto com o Rabinato de Israel haviam pedido em vão para deslocar a Gay Pride para fora do perímetro da cidade e proibi-la aos menores de idade. Ao contrário de Jerusalém, Tel Aviv tem a reputação de ser uma cidade muito liberal quanto a usos e costumes. Apesar da hostilidade enfrentada por homossexuais, nos círculos religiosos em Israel, a homossexualidade está descriminalizada desde 1988 e tribunais israelenses reconhecem alguns direitos a casais de "gays" ou "lésbicas".