LUANDA - As eleições presidenciais na Guiné Bissau não devem ser adiadas pela morte do candidato Baciro Dabo, anunciou o enviado da União Africana ao país nesta segunda-feira.
Na sexta-feira passada, Baciro Dabó, candidato independente às eleições presidenciais do dia 28 deste mês, e Hélder Proença, ex-ministro da Defesa foram assassinados por homens armados, vestidos com uniformes militares.
Os Serviços de Informação do Estado afirmam que foram abatidos por resistirem a ordens de prisão quando tentavam executar um golpe de Estado.
"Apesar dessa situação, a UA considera que as eleições devam ser realizadas na data prevista, como primeiro passo para a estabilidade do país e a solução para a crise", afirmou o ex-ministro angolano das Relações Exteriores, João Bernardo de Miranda, em declarações à rádio estatal.
Segundo ele, essas eleições visam a normalização e a estabilidade das instituições do Estado, sendo o ponto de partida extremamente importante ao qual se devem juntar outros passos, entre eles o diálogo e as necessárias reformas que se impõem.
A União Africana reconhece que a situação na Guiné Bissau é difícil, mas apela à serenidade e à contenção, ao espírito de diálogo e de tolerância das autoridades e do povo guineense, como fatores imprescindíveis para se alcançar a paz, a estabilidade e o retorno à normalidade constitucional e democrática no país.