BELFAST - O líder do IRA Autêntico foi considerado culpado, ao lado de outros três homens, pelo atentado de Omagh, na Irlanda do Norte, que deixou 29 mortos em 1998, por um tribunal civil de Belfast. A decisão abre caminho para que os familiares das vítimas recebam uma indenização.
O atentado de Omagh foi o mais grave em três décadas de violência no Ulster. Ninguém foi indiciado em uma corte criminal pelo atentado. Por este motivo, familiares das vítimas iniciaram uma ação civil contra cinco homens, incluindo o líder do IRA Autêntico, Michael McKevitt, acusados de planejar o atentado.
Os parentes das vítimas, que apresentaram a ação civil em abril de 2008, processaram os supostos autores do atentado por até 14 milhões de libras (22 milhões de dólares).
Além do líder do grupo, Michael McKevitt, seis famílias processaram Colm Murphy, Liam Campbell, Seamus McKenna e Seamus Daly, todos apontados como membros do movimento contrário ao processo de paz na Irlanda do Norte. O único absolvido dos cinco foi Seamus McKenna.
O IRA Autêntico, um grupo republicano nascido em 1997 de uma cisão do Exército Republicano Irlandês (IRA), é o principal grupo dissidente do país. O IRA renunciou à luta armada e desmantelou seu arsenal em 2005.