PARIS - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, já podem comemorar os bons resultados nas eleições para o Parlamento Europeu, concluídas neste domingo (07/06), de acordo com os primeiros resultados parciais.
Segundo pesquisas de boca de urna, o UMP, partido conservador de Sarkozy, conseguiu entre 27% e 28,3% dos votos, deixando para trás os socialistas, que tiveram apenas 17%, ilustrando a profunda divisão da oposição francesa.
A maior vitória de Sarkozy, no entanto, foi ter conseguido o bom resultado apesar do complicado cenário de crise econômica e tensão social que domina o país atualmente - o que, no entanto, se refletiu na enorme taxa de abstenção dos franceses: quase 60% deles preferiu não votar.
Na Alemanha, os conservadores de Merkel lideram com folga os primeiros resultados parciais das eleições europeias, com 39,4% dos votos.
Por outro lado, os social-democratas do SPD, aliados minoritários do governo de coalizão do CDU/CSU da chanceler, ficaram com 20,7% dos votos, no pior resultado de sua história.
Os liberais do FDP, por sua vez, alcançaram 11,1% dos votos, quase o dobro do que registraram em 2004. Para Merkel, o FDP é um aliado preferencial para formar o próximo governo, caso saia vitoriosa das eleições legislativas alemãs, em setembro.
A taxa de participação, apesar de melhor do que na França, também foi baixa: 42,8%. Das 413 circunscrições da Alemanha, 363 já tiveram os votos apurados.
Na Itália, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi também triunfou na disputa pelo Europarlamento, apesar da péssima situação econômica do país e dos escândalos que mancharam seu nome nas últimas semanas.
Berlusconi, único líder de um grande país europeu a se apresentar como cabeça da lista de seu partido, obteve neste domingo entre 39% e 43% dos votos, segundo uma pesquisa de boca de urna do instituto IPR.
Seu partido Povo da Liberdade (PDL) pode alcançar o objetivo imposto por Berlusconi - superar os 40% das preferências -, que usa estas eleições europeias como uma espécie de termômetro para medir sua popularidade após os escândalos conjugais e judiciais que dominam as manchetes atualmente.
Segundo a mesma pesquisa, o maior partido de oposição de esquerda, o Partido Democrático, conseguiu entre 27% e 31% dos votos.