DRESDEN - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressionou nesta sexta-feira (5/6) Israel e os Estados árabes para que façam "escolhas difíceis" com o objetivo de alcançar a paz. Segundo Obama, os EUA têm trabalhado para criar "o espaço, a atmosfera" para a retomada das negociações. "Eu acho que agora é o momento de agirmos no que todos sabemos que será a verdade, que é cada lado tendo que fazer alguns compromissos difíceis", afirmou Obama. O líder norte-americano se encontrou com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Dresden, na Alemanha, e visitou o campo de concentração de Buchenwald, quando lembrou o Holocausto nazista na Segunda Guerra.
O presidente norte-americano ressaltou que "os EUA não podem resolver esse problema" no Oriente Médio. Às nações árabes, Obama disse que gostaria que elas se comprometessem, caso Israel assumisse compromissos "duros", a também fazer algumas "escolhas difíceis" para abrir o comércio e as relações diplomáticas entre os países. Ele ainda pediu que os palestinos façam mais para garantir a segurança e evitar ataques de militantes contra Israel. Segundo Obama, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, fez progressos na área, "mas não o suficiente".
Obama voltou a se dirigir aos israelenses. "Como amigo de Israel, os Estados Unidos na minha opinião têm a obrigação de ser honestos com esse amigo sobre o quão importante é chegar a uma solução de dois Estados", afirmou. Ontem, Obama pediu em discurso no Cairo, no Egito, um "novo começo" nas relações entre os EUA e o mundo muçulmano. "Ontem foi apenas um discurso e isso não substitui todo o trabalho duro que terá de ser feito", disse.
Merkel elogiou o discurso de ontem e ofereceu a ajuda alemã na área diplomática. Obama anunciou que o enviado dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell, visitará a região na semana que vem. Entre as missões de Mitchell estará a de buscar avanços na relação entre israelenses e palestinos.