SAN PEDRO SULA - A Organização de Estados Americanos (OEA) iniciou nesta terça-feira (2/6) sua assembleia anual na cidade hondurenha de San Pedro Sula, que debaterá um possível retorno de Cuba ao organismo, do qual o país foi excluído há quase meio século.
Cuba foi excluída da Organização de Estados Americanos ao término de uma reunião de nove dias (de 22 a 31 de janeiro de 1962) dos chanceleres do organismo em Punta del Este (Uruguai).
Os ministros, após terem avaliado a "ofensiva do comunismo na América", resolveram:
"1. Que a adesão de qualquer membro da Organização dos Estados Americanos ao marxismo-leninismo é incompatível com o Sistema Interamericano e que o alinhamento de tal governo com o bloco comunista quebranta a unidade e a solidariedade do Hemisfério (continente);
2. Que o atual governo de Cuba, que oficialmente se identificou como um governo marxista-leninista, é incompatível com os princípios e propósitos do Sistema Interamericano;
3. Que esta incompatibilidade exclui o atual governo de Cuba de sua participação no Sistema Interamericano;
4. Que o Conselho da Organização de Estados Americanos e os outros órgãos e organismos do Sistema Interamericano adotem sem demora as providências necessárias para o cumprimento desta resolução".
A ata foi aprovada por 13 votos a favor, um contra de Cuba e seis abstenções: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador e México. A partir dessa data, Cuba foi excluída de todas as reuniões e resoluções da OEA e de seus organismos, com exceção da Organização Panamericana de Saúde (OPS).
A OPS é uma organização do Sistema Interamericano, mas também é a representante no continente da Organização Mundial de Saúde (OMS) e, consequentemente, da ONU, onde Cuba continua tendo um papel ativo.