O legendário produtor musical Phil Spector foi condenado nesta sexta-feira a 19 anos de prisão por homicídio em segundo grau, no caso de uma atriz encontrada morta em sua mansão de Los Angeles há seis anos.
Spector, de 69 anos é criador da famosa técnica de gravação "Wall of Sound", da década de 60, quando trabalhava com as maiores estrelas da música.
O júri, composto por seis homens e seis mulheres, começou a deliberar no dia 26 de março.
De acordo com o veredicto, Spector atirou e matou a atriz Lana Clarkson em sua mansão na madrugada de 3 de fevereiro de 2003, após tê-la conhecido horas antes na discoteca em que a mulher trabalhava.
A defesa alegava que Clarkson, de 40 anos, havia cometido suicídio.
Spector foi uma das figuras mais influentes na história da música pop. No início da década de 60, esteve no centro de grandes sucessos como "Da Doo Ron Ron", "Be My Baby, Baby" e "You've Lost That Lovin' Feelin".
O produtor trabalhou com os Beatles, Tina Turner, The Righteous Brothers, The Ronettes e The Ramones, entre outros.
Durante o julgamento, o promotor Alan Jackson retratou Spector como um excêntrico louco por armas de fogo e com um "histórico de violência" contra as mulheres que o rejeitaram.
Cinco mulheres testemunharam que foram ameaçadas com armas de fogo por Spector durante os anos 70.
O ex-motorista de Spector revelou ao júri que na noite da morte de Lana encontrou seu patrão com uma pistola e a mão ensanguentada, antes de dizer: "Acho que matei alguém".
Semanas antes da morte de Lana Clarkson, Spector deu uma estranha entrevista na qual se descreveu como "relativamente louco".