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Ciclone Aila deixou 217 mortos em Bangladesh e na Índia

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DHACA - O ciclone Aila, que na segunda-feira (25/5) atingiu a costa sul de Bangladesh e o leste da Índia, provocou a morte de 217 pessoas nos dois países, anunciaram nesta quinta-feira as autoridades, enquanto os primeiros sobreviventes começavam a voltar para casa. De acordo com o balanço, a maioria dos 147 mortos de Bangladesh são crianças, mortas por afogamento em meio a ondas de até quatro metros de altura. A tempestade deixou 6 mil feridos e cerca de 250 mil pessoas desabrigadas. Além disso, destruiu plantações, povoados e estradas no litoral meridional, onde soldados e equipes de socorro civis distribuem desde terça-feira alimentos, água potável e barracas. "No começo, os trabalhadores humanitários militares e civis não conseguiam fazer a ajuda chegar às vítimas, mas já está chegando agora", afirmou o porta-voz da célula governamental encarregada da gestão de catástrofes naturais, Mohamad Ashrafuzaman. Cerca de 220 mil casas foram destruídas e outras 300 mil sofreram danos com a passagem do ciclone pela costa, estimou Ashrafuzaman. Apesar disso, milhares de pessoas começaram a retornar para suas cidades de origem nesta quinta-feira. Em outros lugares, como no coração do delta de Sundarbans, um imenso bosque de mangue, aproximadamente 100 mil pessoas permanecem refugiadas em abrigos, para onde correram na segunda-feira. Para desespero dos ambientalistas, nesta região vivem também 650 tigres de Bengala, uma espécie em extinção. O ciclone Aila também atingiu a cidade de Calcutá, capital do Estado indiano da Bengala Ocidental, onde vivem 15 milhões de pessoas.