MADRI - Uma queixa contra o juiz espanhol Baltasar Garzon por sua polêmica investigação sobre o franquismo foi aceita pelo Supremo Tribunal, anunciou a própria instância nesta quarta-feira (27/5).
O sindicato de funcionários 'Manos Limpias' (Mãos Limpas), considerado por alguns meios de comunicação espanhóis uma "organização de extrema-direita", prestou em janeiro uma queixa contra o famoso magistrado da Audiência Nacional, a alta instância penal espanhola.
O sindicato acusa Garzon de "prevaricação no exercício de suas funções", ou seja, de ter tomado resoluções injustas com conhecimento de causa. Em ata, o Supremo Tribunal espanhol explica que aceitou a queixa, apesar do parecer contrário do Ministério Público.
Na ata, os altos magistrados observam que Garzon iniciou sua investigação sobre os desaparecidos da guerra civil (1936-1939) e da ditadura de Franco (1939-1975) sem ter esclarecido o problema de sua própria competência.
Em sua queixa, o sindicato acusa Baltasar Garzon de ter atuado contra ou à margem da lei de forma "premeditada e consciente, considerando-se intocável".