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Vítimas da ditadura uruguaia recebem homenagem em Buenos Aires

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BUENOS AIRES - O vice-presidente do Uruguai, Rodolfo Nim Novoa, ratificou nesta quinta-feira o compromisso de seu governo com os direitos humanos durante uma homenagem às vítimas uruguaias da ditadura mortas com a ajuda do regime argentino (1976/83) no Parque da Memória de Buenos Aires. O governo do presidente Tabaré Vázquez "teve uma sensibilidade muito especial, um compromisso muito grande com o tema dos direitos humanos", disse Nim Novoa, lembrando que os ex-ditadores Juan Bordaberry e Gregorio Alvarez ainda estão atrás das grades. "Temos um governo que deu um golpe na impunidade total, depois de 20 anos de governos que apadrinharam a impunidade", afirmou, por sua vez, o senador Rafael Michelini, filho do ex-senador Zelmar Michelini, um dos fundadores da coalizão de esquerda Frente Ampla, que em 1976 foi sequestrado e assassinado em Buenos Aires. Michelini falou sobre a necessidade de abolir a Lei de Prescrição, que impediu o julgamento dos repressores da ditadura, destacando que apesar de sua vigência, o presidente Vázquez "entrou nos quartéis, buscou os restos dos desaparecidos e permitiu que a justiça abordasse militares e policiais". Também participaram da homenagem na capital argentina o subsecretário de Política Latino-americana da Chancelaria, Agustín Colombo Sierra, e os filhos de desaparecidos Gabriela Schoroeder Barredo e Mateo Gutiérrez Ruiz.