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Gripe suína causa perdas de US$ 769 milhões à capital mexicana

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A Prefeitura da Cidade do México anunciou nesta quinta-feira o fim da situação de emergência decretada em 23 de abril passado devido ao avanço da gripe suína --a gripe A (H1N1). Balanço inicial dos efeitos da paralisação da região aponta para prejuízos de 10 bilhões de pesos (US$ 769 milhões) na economia local. Após anunciar que o sinal de "alerta sanitário" passou para nível "verde" (baixo), o menor dos cinco existentes, o prefeito da Cidade do México, Marcelo Ebrard, justificou a decisão alegando que os contágios pela gripe suína diminuíram 96,1% em relação aos piores dias da contingência. "Para a cidade, é extremamente importante que esta informação seja conhecida por todo o mundo. Agimos com responsabilidade durante a emergência e agora estamos fazendo da mesma afirmou", ressaltou na quinta-feira Ebrard em entrevista. Entre 23 de abril e 4 de maio, a capital do México chegou a estar em "alerta vermelho" (alto), o segundo maior nível dos cinco, mas a situação crítica mudou graças às medidas drásticas de prevenção aplicadas. Nesse período, que coincidiu com um feriadão, os cidadãos receberam a recomendação de ficar em casa e, ao mesmo tempo, foram suspensas todas as atividades públicas e privadas não fundamentais, o que deixou a cidade praticamente deserta. Infectados Segundo o último relatório do governo do México, a epidemia causada pelo vírus AH1N1 deixou, até agora, 75 mortos --32 deles na capital (42,7%)-- e 3.817 contagiados em todo o país. O último caso de infecção no município foi registrado em 14 de maio e nenhum foi detectado depois que os dois milhões de estudantes da capital voltaram às aulas em centros de pré-escolar, escolas de ensino fundamental e médio, tanto públicas quanto particulares, disse Armando Ahued, o ministro de Saúde do DF, no mesmo ato. Ele ressaltou "a resposta social e corresponsabilidade" das pessoas diante das medidas decretadas, que incluíram fechamentos de lojas e escolas, para conseguir a "desaceleração da velocidade de transmissão" do vírus. Ahued também considerou fundamentais a existência, neste momento, de um "tratamento oportuno e padronizado", algo que não havia antes do alerta sanitário, e a "diminuição da mortalidade" pela gripe. Para o prefeito da capital, o fundamental agora é "manter a vigilância epidemiológica", mas, ao mesmo tempo, "retomar as atividades da cidade" e fazer "um esforço de reativação muito grande". *Fim do risco* Só deverão usar máscaras "as pessoas que apresentem catarro, gripe ou alguma doença respiratória", mas já não será necessário usar o acessório em restaurantes, hotéis ou outros lugares públicos, acrescentou. Atualmente, os hotéis apresentam níveis de ocupação de 22%, acima do piso de 5% ao qual chegaram a cair, e "as pessoas podem vir à cidade sem um risco como o que havia há algumas semanas, quando tínhamos este vírus em propagação", reiterou Ebrard. "Há várias cidades do mundo que hoje têm mais casos que o Distrito Federal, mas já não cabe a nós fazer a comparação", informou. Em abril, 17 congressos, convenções ou exposições que aconteceriam na capital mexicana foram adiados, mas nenhum foi cancelado, destacou o prefeito, convencido de que, a partir de hoje, se retorna "à normalidade a 100%". Ebrard propôs ao Executivo federal e ao Congresso que revisem o Orçamento de Despesas 2009 e aloquem 88 bilhões de pesos (US$ 6,769 bilhões) para combater os efeitos da emergência, principalmente para o setor do turismo, um dos motores econômicos da cidade e do país em geral. Cerca de 30 bilhões de pesos (US$ 2,307 bilhões) sairiam de cortes ao gasto normal, um valor similar partiu de fundos de pensões e os 20 bilhões restantes (US$ 2,155 bilhões) do Fundo Nacional de Infraestrutura (Fonadin), estes últimos para melhorar os hospitais e escolas do país.