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Comissão do Senado pede ao governo reconsideração de apoio a egípcio para a Unesco

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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado pediu ao governo que reconsidere a decisão de apoiar a indicação do egípcio Farouk Hosni para o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco). O requerimento foi apresentado pelo presidente da comissão, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), e encaminhado ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O parlamentar argumenta que a decisão do governo brasileiro de apoiar o ex-ministro da Cultura do Egito foi ;estranha; à medida que o atual diretor adjunto, Márcio Barbosa, ;conta com apoios significativos de Estados membros de várias correntes com as quais o Brasil mantém fortes ligações diplomáticas, particularmente nos assuntos ligados à educação, ciência e cultura;. O ministro Celso Amorim já declarou que, desde o princípio, o Brasil apoia a indicação do egípcio e que isso faz parte de uma política brasileira de aproximação com o mundo árabe. Eduardo Azeredo afirmou ainda que Farouk "é uma figura controversa", uma vez que, na avaliação do parlamentar, ocupou o cargo de ministro por 20 anos, quando "protagonizou condutas antidemocráticas, que não condizem com o perfil exigido pela ONU". O presidente da comissão lembrou que outro brasileiro, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), também era candidato ao cargo.