BAGDÁ - Três soldados norte-americanos foram mortos e nove outros feridos nesta quinta-feira (21/5) em um ataque a bomba em Bagdá. O país vive um aumento da violência, semanas antes do prazo para que as tropas dos Estados Unidos deixem as cidades iraquianas. O ataque foi um de uma série que atingiu a capital e a cidade de Kirkuk, no norte do país, matando pelo menos 25 pessoas e ferindo outras dezenas. Ontem, um carro-bomba explodiu em um bairro xiita do noroeste bagdali, matando 41 pessoas e deixando mais de 70 feridos.
O pior ataque de hoje ocorreu no distrito de Dora, ao sul da capital, quando uma bomba explodiu perto de uma patrulha de norte-americanos que atuava a pé. Os três soldados foram mortos quando a bomba explodiu, perto de um mercado popular, segundo o Exército dos EUA. Outros nove soldados ficaram feridos. Segundo os militares dos EUA, quatro civis morreram. Porém a polícia iraquiana e funcionários de hospitais afirmam que morreram 12 civis e 25 ficaram feridos.
Mais cedo hoje, um atentado suicida matou sete paramilitares sunitas vinculados aos EUA, em uma base militar iraquiana em Kirkuk. As vítimas eram membros do Conselho do Despertar, que se aliou aos norte-americanos na luta contra os extremistas. Com isso, passaram a ser alvos da Al-Qaeda e de outros grupos insurgentes sunitas. Também hoje, uma bomba explodiu dentro de uma delegacia no oeste de Bagdá, matando três policiais e ferindo 19, segundo um policial. A bomba estava escondida em uma lixeira e foi levada à delegacia, acrescentou a fonte.
O fracasso em controlar a situação aumenta a pressão sobre o governo iraquiano para mostrar que pode enfrentar os desafios de segurança antes do prazo de 30 de junho, quando os EUA devem retirar forças de combate de Bagdá e de outras cidades iraquianas. A saída das tropas dos EUA das cidades faz parte de um acordo de segurança entre os dois países, válido desde 1º de janeiro. O presidente dos EUA, Barack Obama, planeja retirar todas as tropas do país até setembro de 2010 e todas as forças norte-americanas do Iraque até o fim de 2011. Pelo acordo, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, poderia pedir que os EUA retardem a retirada. A questão é delicada no país, após seis anos de invasão, e o governo insiste que não haverá atraso no cronograma.