CIDADE DO VATICANO - O Papa Bento XVI afirmou nesta quarta-feira que não perde a esperança de que o Oriente Médio consiga a paz e acabe com a espiral de violência, diante de milhares de fieis que assistiram audiência geral na Praça de São Pedro.
O Papa lembrou assim a viagem que fez à região de 8 a 15 de maio, que o levou a Jordânia, Israel e Cisjordânia.
"Nesta terra abençoada por Deus, parece impossível romper a espiral de violência, mas nada é impossível para Deus e para aqueles que acreditam nele", disse o Sumo Pontífice.
Bento XVI voltou a condenar o holocausto nazista e recordou a visita ao Memorial do Holocausto de Jerusalém, construído em homenagem aos seis milhões de judeus exterminados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
"Que não se esqueça a terrível tragédia do holocausto", disse. "Toda pessoa é sagrada e seu nome está escrito no coração do Deus eterno", completou.
Antes da visita a Israel, o Papa foi muito criticado pela comunidade judaica mundial pelo fim da excomunhão do bispo britânico Richard Williamson, que negou a existência das câmaras de gás nazistas.
"Jerusalém, cruzamento das três grandes religiões monoteístas e cujo nome quer dizer Cidade de Paz, constitui o desenho de Deus para a humanidade: ser uma única grande família", afirmou o Papa.
"Todos os fieis devem abandonar preconceitos e desejos de dominação e praticar juntos o mandamento fundamental: amar a Deus de todo coração e amar o próximo a si mesmo".
"Judeus, cristãos e muçulmanos são chamados a honrar com atos o Deus ao qual rezam com seus lábios", completou Bento XVI.