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Japão confirma três casos domésticos de gripe suína

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O Japão confirmou hoje três casos domésticos de gripe suína, os primeiros de transmissão autóctones, ou seja, quando a doença é passada dentro do território local. Todos são estudantes de ensino médio que não estiveram no exterior. Autoridades japonesas disseram que estão fazendo testes em outros 14 casos suspeitos em duas cidades. Mais cinco adolescentes da mesma escola na cidade de Kobe estavam sendo testados, enquanto outros nove alunos de uma escola em Osaka eram considerados casos suspeitos de gripe suína. O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, pediu que os japoneses mantenham sangue frio e prometeu adotar medidas para evitar uma propagação mais ampla da doença. "Por favor, ajam calmamente ao mesmo tempo em que se mantenham alertas", disse Aso. "O governo vai realizar inspeções aprofundadas nos pacientes e nas pessoas próximas a eles. Tomaremos medidas para impedir que a infecção se espalhe. Mas a ex-autoridade sênior da Organização Mundial da Saúde (OMS) Shigeru Omi, que agora comanda a força-tarefa especial para a gripe suína do governo japonês, alertou que acredita "que a infecção está começando a se espalhar na região". No dia 9 de maio, o Japão confirmou seus primeiros casos de gripe suína contraída no exterior - um professor e três estudantes que viajaram do Canadá para Tóquio, passando por Detroit (EUA) - mas imediatamente colocou em quarentena eles e outros passageiros. Todos os quatro já se recuperaram e estão ou fora do hospital ou prestes a sair em breve. Mas hoje pela manhã, o ministro da Saúde, Yoichi Masuzoe, confirmou em entrevista à imprensa a descoberta do primeiro paciente com gripe suína infectado dentro do país. Mais tarde, dois dos colegas de escola do estudante de 17 anos, um garoto e uma garota, também foram confirmados com o vírus. "Os três não têm registro de viagem ao exterior", disse Masuzoe. Autoridades disseram que iriam fechar temporariamente ao menos 75 escolas e jardins de infância e cancelar festivais e outros eventos públicos em alguns distritos da cidade onde moram os estudantes, para evitar o alastramento do caso.