MANADO - Os representantes de mais de 70 países que participam na Conferência Mundial sobre os oceanos reconheceram nesta quinta-feira (14/5) em Manado, Indonésia, a necessidade de lutar contra a degradação dos mares, afetados pela superexploração dos recursos, a poluição e o aquecimento global.
Na declaração final do evento, chamada apenas de "Manado", os participantes (ministros, delegados e embaixadores) afirmam querer promover "a preservação e a utilização razoável dos recursos marítimos" em um contexto de "degradação do meio ambiente marítimo" e de "ameaças contra a biodiversidade".
A declaração, não vinculante, também deseja sucesso às negociações sobre o clima que devem resultar, em dezembro em Copenhague, em um acordo sobre uma redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa. O texto pede aos envolvidos nas negociações a examinar os desafíos relacionados aos oceanos.
Alguns participantes lamentaram que a versão final da declaração não tenha mencionado, ao contrário do projeto inicial, uma consideração aos oceanos no protocolo sobre o clima que sucederá Kyoto.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, único chefe de Estado presente na conferência, declarou nesta quinta-feira que as nações têm a obrigação de ajudar os oceanos, que cobrem 71% da superfície do planeta.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também pediu uma mobilização em uma mensagem de vídeo gravada exibida nesta quinta-feira durante a conferência.