LA PAZ - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) negou, nesta quarta-feira (13/5), em La Paz, a eventual extradição do Peru para a Bolívia de três ex-ministros bolivianos acusados em um julgamento da matança de 60 civis em uma rebelião em 2003, conforme disse um procurador.
"A Convenção de 51 estabelece o princípio de não devolução ao país aonde esteja sofrendo perseguição (o indivíduo refugiado). Isso quer dizer que não procede a extradição enquanto estiver na condição de refugiado", disse Marco Rasguido, assessor legal da ACNUR na Bolívia, em declarações à página da internet da rádio privada Erbol.
Recentemente os ex-ministros Jorge Torres Obleas, Mirtha Quevedo, Javier Torres Goitia conseguiram asilo no Peru com o argumento de que não existem condições para atender a julgamento por crimes de lesa humanidade na Corte Suprema de Justiça, dentro do processo do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada.
O ex-presidente fugiu para os EUA, junto com seus ministros Carlos Sánchez Berzaín e Jorge Berindoague, após renunciar pela pressão popular em outubro de 2003.