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Milhares de tâmeis em Paris pedem o fim do genocídio

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PARIS - Entre 8.500 e 10 mil membros da comunidade tâmil na França, segundo a polícia e os organizadores, realizaram uma manifestação nesta terça-feira (12/5) em Paris pelo fim do genocídio do povo tâmil no Sri Lanka. "Não somos terroristas, queremos nossa pátria", "Ajudem-nos a salvar os tâmeis", lia-se nos cartazes dos manifestantes, que marcharam pelo centro da capital francesa. Os manifestantes usavam camisetas brancas, com badeiras francesas e bonés e roupas amarelas e vermelhas, cores dos Tigres para a Libertação do Eelam Tâmil (LTTE), a guerrilha que luta pela independência de um Estado tâmil no antigo Ceilão. "Senhor presidente, salve-nos do inferno", dizia uma faixa com uma foto do presidente francês, Nicolas Sarkozy. "Já faz mais de 30 dias que nosso povo está sendo massacrado pelo exército do Sri Lanka", disse Shalini Sakthithasan, jovem estudante de medicina e secretário geral do Comitê de Coordenação Tâmil-França. "Pedimos o fim imediato dos bombardeios que matam a cada dia civis, mulheres, crianças, idosos, um cessar-fogo imediato e sem condições para que o genocídio acabe", acrescentou. A comunidade tâmil da França, estimada entre 75 mil e 100 mil pessoas, pediu o envio de ajuda humanitária e a retirada do LTTE da lista das organizações terroristas da União Europeia", continuou. Milhares de tâmeis promoveram manifestações na França, na Grã-Bretanha, na Suíça ou ainda na Noruega, desde o lançamento no início do ano de uma ampla ofensiva do exército do Sri Lanka contra o LTTE no noroeste do país. Uma guerra sangrenta é travada no Sri Lanka, desde 1972, entre a rebelião dos LTTE, hindus que querem a independência do norte e do nordeste, e o poder central deste país com 75% de cingaleses budistas. Segundo estimativas da ONU, 6.500 civis podem ter sido mortos e 14 mil, feridos entre fim de janeiro e meados de abril.