Dois parlamentares colombianos foram detidos nesta segunda-feira como parte de uma investigação por presumíveis ligações com paramilitares de extrema-direita, que levaram à prisão outros 30 políticos, segundo fontes oficiais.
A senadora Zulema Jattin, da coalizão que apoia o presidente Alvaro Uribe, e o líder na câmara, Jairo Llano, do partido Liberal (opositor), foram detidos por ordem da Corte Suprema de Justiça.
Jattin, uma aliada de Uribe que presidiu a Câmara de Representantes entre 2004 e 2005, foi presa num apartamento da zona norte de Bogotá, e Llano, na cidade de Manizales (oeste).
Ambos enfrentam acusações de formação de quadrilha agravadas pelo fato de terem sido eleitos com apoio das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), organização paramilitar que depôs armas mediante um proceso de paz entre 2003 e 2006, depois de duas décadas de luta.
Segundo o vice-presidente da Corte, Leonidas Bustos, as acusações têm como base o processo da denominada 'parapolítica', contra 90 dirigentes, entre eles 39 congressistas, em maioria integrantes do governismo.
Jattin foi apontada pelo próprio ex-chefe das AUC, Salvatore Mancuso, em audiência na Corte no final de outubro de 2007, mas ela, hoje, afirmou inocência.
"Fui sequestrada por ordem da Corte", disse a senadora à imprensa, afirmando também que o tribunal se dedica a "perseguir os que defendem o presidente Uribe".