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Renuncia líder do principal partido islâmico da Jordânia

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O líder da Frente de Ação Islâmica (FAI), o principal partido de oposição e braço político dos Irmãos Muçulmanos na Jordânia, pediu demissão nesta sexta-feira pouco depois de ter exigido do Papa Bento XVI, em visita no país, desculpas por suas declarações polêmicas sobre o Islã. Contudo, o secretário-geral da FAI, Zaki Bani Rashed, garantiu que sua renúncia "nada tem a ver" com suas críticas ao Papa. "Renunciei para abrir o caminho a uma etapa de transição dentro do partido, e à eleição de um novo conselho legislativo", disse Rashed à AFP. "Minha decisão nada tem a ver com o Papa. Existem diferenças de pontos de vista no movimento islâmico, mas não fui pressionado para renunciar", garantiu. Quinta-feira, Rashed disse à AFP que Bento XVI, que chegou hoje à Jordânia, não era bem-vindo ao país, e exigiu que ele pedisse desculpas por suas declarações polêmicas sobre o Islã. Em setembro de 2006, citando um imperador bizantino do século XIV, o Papa pareceu estabelecer uma relação entre Islã e violência e questionar o vínculo entre fé muçulmana e razão, suscitando a ira dos países árabes. O Sumo Pontífice pediu desculpas publicamente pelo ocorrido.