GENEBRA - A ONU condenou nesta sexta-feira (08/05) as quarentenas impostas segundo critérios de nacionalidade para conter a gripe suína, por considerá-las claramente discriminatórias, e citou o caso particular de mexicanos afetados pelas medidas.
"Ninguém deveria ser colocado em quarentena apenas por sua nacionalidade", afirmou em Genebra o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
"Estas medidas são claros e inaceitáveis atos de discriminação com efeitos negativos evidentes para os direitos das pessoas afetadas, incluindo possíveis prejuízos econômicos, por exemplo nas viagens de negócios", completou Colville.
Colville mencionou o caso de mexicanos sem sintomas da gripe, que não estavam no México a semana passada e mesmo assim foram colocados em quarentena.
O México, epicentro do vírus A (H1N1), denunciou no fim de semana passado atos de discriminação contra cidadãos mexicanos aos quais a China impôs uma quarentena, apesar de nenhum deles apresentar sintomas da doença.