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Quatro casos de gripe suína são confirmados no Brasil

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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou em coletiva realizada nesta quinta-feira (7/5), os quatro primeiros casos de gripe suína no Brasil, todos eles foram adquiridos no exterior. Dois casos estão em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais. Três deles foram adquiridos no México e um nos EUA. Todos os casos foram registrados em homens, nenhum idoso ou criança, e os quatro passam bem.Três deles já foram liberados e um deles continua internado no Rio de Janeiro. O paciente está no Hospital Clementino Fraga Filho (HUCFF). O homem, de 21 anos, chegou ao Rio de Janeiro no último sábado (2/5) em um voo vindo de Cancún, com escala na Cidade do México. Ele apresentou os primeiros sintomas da gripe no domingo, e está internado desde a última terça-feira. Ouça aqui a coletiva do ministro Temporão Como os kits para diagnóstico rápido da doença só chegaram ao país hoje, os testes realizados no jovem foram feitos utilizando uma outra metodologia. Ele foi submetido a um exame para detectar influenza, dos tipos A e B. Todos os tipos de B foram descartados. Já nos do tipo A, apenas o da gripe suína não deu negativo. Balanço Segundo o ministério da Saúde, há 24 casos da doença sendo acompanhados no país. Os suspeitos estão distribuídos da seguinte maneira: São Paulo (7), Paraná (3), Rio de Janeiro (3), Distrito Federal (2), Goiás (2), Santa Catarina (2), Mato Grosso do Sul (1), Minas Gerais (1), Paraíba (1), Pernambuco (1) e Rondônia (1). Em oito estados há casos sendo monitorados. O ministério já descartou 110 notificações como possíveis casos de influenza A.O número de contaminados pela nova gripe em todo o mundo chegava a 2.371 às 18h GMT (15h de Brasília), segundo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS). Kits Os kits que vão detectar com exatidão a presença do vírus influenza AH1N1 começaram a ser testados em pacientes em São Paulo nesta quinta-feira (7/5). Os exames serão feitos no Instituto Adolfo Lutz, na Zona Sul da capital paulista. O kit vem com a sequência genética do H1N1 e é usado para comparar com a sequência genética do vírus que estaria no organismo da pessoa infectada.
Assista ao vídeo com trecho do pronunciamento do ministro da Saúde, José Gomes Temporão
Esclareça as suas dúvidas sobre a doença: 1. O que é gripe suína e como é transmitida? É uma doença respiratória aguda altamente contagiosa e que normalmente acomete porcos. Porém, recentemente, o vírus que provoca a gripe suína sofreu mutações e, com isso, ela passou a ser transmitida de pessoa para pessoa. Assim como a gripe comum, a influenza suína é transmitida, principalmente, por meio de tosse, espirro e de secreções respiratórias de pessoas infectadas. 2. Há caso de gripe suína no Brasil? Até o momento, não há evidências da circulação do vírus da influenza suína em humanos no Brasil. 3. Quais os sintomas da doença? Pessoas procedentes do México e de áreas afetadas dos Estados Unidos e do Canadá, nos últimos dez dias, devem ficar em alerta para os principais sintomas: febre alta repentina (superior a 38º graus centígrados), acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações. 4. O que o passageiro de vôos internacionais deve fazer se apresentar sintomas? Ele deve procurar a unidade de saúde mais próxima. Se ainda estiver no aeroporto, deve se dirigir ao posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O passageiro não deve tomar medicamentos sem indicação médica. 5. Quais as recomendações do Ministério da Saúde para os passageiros de vôos internacionais? Para quem vai viajar a áreas afetadas: - Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência nas áreas afetadas, e substituí-las sempre que necessário; - Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável; - Evitar locais com aglomeração de pessoas; Evitar o contato direto com pessoas doentes; Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; - Evitar tocar olhos, nariz ou boca; Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar; - Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países; - Não usar medicamentos sem orientação médica. Os passageiros devem ficar atentos também s medidas preventivas recomendadas pelas autoridades nacionais das áreas afetadas. Para quem está voltando de áreas afetadas, nos últimos dez dias e que apresente febre alta repentina, superior a 38º graus centígrados, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações: - Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima; - Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem. 6.Quais as medidas que estão sendo tomadas nos aeroportos? Todas as Secretarias de Saúde estaduais foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção oportuna de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas. O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dispõem de um plano de preparação para enfrentamento de pandemia, que estabelece as diretrizes e as ações dos governos para enfrentar essas emergências de saúde pública. Durante o vôo, todos os passageiros que desembarcam no Brasil devem preencher, obrigatoriamente, a Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), documento a ser retido pela Anvisa e que é fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave. Segundo o ministério, todas as providências estão sendo adotadas para que as tripulações das aeronaves orientem os passageiros, ainda durante o vôo, sobre sinais e sintomas da gripe suína. Adicionalmente, a tripulação pedirá que passageiros com esses sintomas se identifiquem. Ao desembarcar, as pessoas procedentes das áreas afetadas, receberão folder educativo com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção e higiene e orientações para procurar assistência médica. Como medida complementar, a Infraero veiculará, nesses aeroportos, informe sonoro. 7. Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença? Não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus de influenza suína. 8. Há tratamento para a doença? Sim. Será indicado pelo profissional de saúde após a confirmação do diagnóstico laboratorial. Não é indicado tomar medicamento sem indicação médica. 9. É seguro comer carne de porco e produtos derivados? Sim. Segundo o Ministério da Agricultura, não há registro de transmissão da gripe suína para pessoas por meio da ingestão de carne de porco. O vírus causador da doença suína não resiste a altas temperaturas (70ºC). 10. Quais os sites internacionais que podem ser consultador para se obter mais informações sobre a doença? Organização Mundial da Saúde (em inglês) - http://www.who int/csr/disease/swineflu/en/index.html Organização Pan-Americana de Saúde (em espanhol) http://new.paho org/hq/index.php?lang=es Fonte: Ministério da Saúde