A promotora Nancy Salomón rechaçou hoje um pedido de investigação por estupro contra o presidente do Paraguai, Fernando Lugo. A mulher que fez o primeiro anúncio de que o presidente tinha um filho de dois anos negou que tenha havido estupro. Segundo Viviana Rosalith Carrillo Cañete, a relação amorosa do casal começou quando ela tinha 23 anos. A promotora explicou que não haverá acusação contra Lugo. "Nesse tipo de processos, o principal é a declaração da suposta vítima. Considerando as declarações de Carrillo, arquiva-se a causa", disse
Viviana, hoje com 26 anos, encontrou-se com a promotora acompanhada do advogado Marcos Fariña para cumprir o requisito de confirmação da identidade. A promotora afirmou que, segundo a mãe, as relações sexuais entre ela e o então bispo Lugo começaram em agosto de 2006. "Então se descarta o estupro", disse. A acusação foi apresentada no dia 23 pela senadora oposicionista Lilian Samaniego, presidente do Partido Colorado. De acordo com o advogado, a promotora deve agora resolver se há motivos para o início de uma investigação. Caso contrário, deve recomendar a um juiz o arquivamento do caso
A mãe afirmou que a relação entre o casal é boa. "O presidente vive acompanhando seu filho Guillermo Armindo, que goza de muita boa saúde. Nos damos bem", contou. "Vim dizer à promotora Nancy Salomón que Fernando (Lugo) nunca me forçou a ter relações sexuais com ele, além disso nossa relação começou quando eu tinha 23 anos, portanto não houve estupro." Questionada se pode se converter em primeira-dama, substituindo a irmã mais velha do presidente, Mercedes Lugo de Maidana, ela respondeu: "Não, não, está bem assim. Prefiro ser uma boa mãe.
A senadora Lilian Samaniego lembrou, em entrevista, que entrou com o pedido de investigação na Justiça porque Viviana disse, em seu pedido de reconhecimento da paternidade, que foi seduzida pelo então bispo quando tinha 16 anos de idade. Lugo reconheceu o filho e depois a própria Viviana retirou a declaração.
Benigna Leguizamón, de 25 anos, é a segunda mulher que entrou na Justiça paraguaia exigindo que Lugo reconheça a paternidade de seu filho, de 6 anos. Um exame de DNA deve ser feito neste caso. Uma terceira mulher que supostamente teve um filho com Lugo, Damiana Hortensia Morán, afirmou a jornalistas que não tomou a decisão sobre se entra ou não com um pedido judicial de paternidade para seu bebê, de 1 ano e 4 meses