Um Boeing 747 normalmente utilizado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi escoltado em baixa altitude em um voo sobre Manhattan nesta segunda-feira (27/4), assustando a população de Nova York. O que deveria ser uma missão de treinamento e uma oportunidade de foto acabou trazendo à tona as lembranças dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.
Desavisadas da suposta missão, centenas de pessoas ligaram para os serviços de emergência e deixaram os prédios nas proximidades de onde era localizado o Word Trade Center à procura de proteção. "Ninguém foi informado que isso ocorreria, então todo mundo entrou em pânico", disse o investidor John Leitner, que trabalha em um dos edifícios da área. Ele afirmou que cerca de mil pessoas se aglomeraram perto do Rio Hudson até um oficial de segurança informar que o sobrevoo era um exercício planejado.
A Administração de Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês) afirmou que notificou o poder público de Nova York e New Jersey, assim como os departamentos de polícia e os serviços de emergência. No entanto, o Departamento de Polícia de Nova York disse que recebeu recomendações das autoridades federais para que não divulgasse informações sobre a missão e encaminhasse todos os chamados sobre o exercício diretamente para a FAA. A porta-voz da Força Aérea, Angela Webb, não soube explicar o motivo pelo qual a população não foi informada.
De acordo com a FAA, a aeronave - um modelo do Departamento de Defesa equivalente a um Boeing 747 - estava na área em "uma missão de foto aérea" e era escoltada por dois jatos F-16. O exercício também teria servido como treinamento para tripulantes da frota do avião, que quando leva o presidente Barack Obama recebe o nome de Air Force One. Detalhes sobre os fins para os quais as fotos seriam utilizadas não foram revelados pela Força Aérea americana.