Em audiência pública nesta quarta-feira (22/4) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, defendeu a permanência do menino Sean Goldman com a família brasileira, com direito a "livre visita" do pai biológico.
O menino de 8 anos vive no Rio de Janeiro e sua guarda está sendo reivindicada pelo pai, o norte-americano David Goldman. O padrasto de Sean, João Paulo Lins e Silva, detém a guarda do menino e pede que ele permaneça no Brasil.
"Em um caso como esse, não é possível se trabalhar apenas com duas hipóteses, que são excludentes", observou o ministro Vannuchi, que defende a negociação entre as duas partes em conflito.
"É preciso chegar a um consenso para o bem da criança, permitir o estabelecimento do convívio entre o menino e seu pai biológico para que, futuramente, a criança possa decidir com quer ficar", acrescentou Paulo Vannuchi.
Sean nasceu nos Estados Unidos e veio para o Brasil com a mãe, Bruna Bianchi, há quatro anos. Bruna morreu em agosto do ano passado, durante o parto de seu segundo filho. Depois da morte, o pai biológico de Sean entrou com processo na Justiça brasileira para levar o menino de volta aos Estados Unidos.
A audiência pública encerrou-se há pouco.