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Terceira mulher afirma ter filho com o presidente do Paraguai

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ASSUNÇÃO - Uma terceira mulher que afirma ter tido um filho com o presidente Fernando Lugo apareceu nesta quarta-feira (22/04) no Paraguai, em meio a um ambiente conturbado que obrigou o ex-bispo católico a suspender uma viagem a Washington. Damiana Hortensia Morán Amarilla, de 39 anos, afirmou que seu filho Juan Pablo, de um ano e quatro meses de idade, "é fruto de uma relação com Fernando Lugo, mas uma relação impulsionada por um grande amor, de uma entrega total". Em declarações nesta quarta-feira ao jornal ABC, Morán disse que nunca pensou em denunciar Lugo e nem em exigir nada porque seu filho, batizado, segundo ela, em homenagem ao papa João Paulo II, é fruto de um amor incondicional. A mulher, ex-coordenadora da Pastoral Social da Diocese de San Lorenzo, disse que decidiu revelar sua relação com o presidente apenas para que a verdade fosse apresentada. "É uma grande satisfação ter descoberto um amor sem pedir nada, desinteressado e somente ter a inspiração de uma entrega, uma entrega valorizada, uma entrega significativa. Para mim não é uma questão de propaganda, não é marketing, para mim é só a verdade, a realidade", enfatizou. O presidente reconheceu como filho dele, na semana passada, o menino Guillermo Armindo, de dois anos, fruto de um relacionamento com Viviana Carrillo Cañete. A admissão pública da paternidade estimulou uma segunda mulher, Benigna Leguizamón, ex-funcionária da diocese de San Pedro (400 km ao norte de Assunção), a exigir que Lugo reconheça o filho Lucas Fernando, de seis anos. A terceira mulher que afirma ter um filho do presidente paraguaio trabalha atualmente como diretora de uma creche em Capiatá, uma área pobre nas proximidades da capital do país. Ela afirma ser divorciada há cinco anos, depois de um casamento de 17 anos no qual teve dois filhos, hoje com 21 e 20 anos. Morán relatou que sua relação com Lugo começou há cinco anos e que se intensificou durante a campanha eleitoral que levou o ex-bispo à Presidência no dia 20 de abril de 2008. "O que posso afirmar é que foi uma grande entrega e que foi uma explosão de sentimentos; e, por essas coisas de Deus e da vida, nasceu um fruto, que é Juan Pablo", continuou Morán. A mulher explicou que Lugo chegou a vê-la em lugares públicos quando tinha de dois a três meses de gravidez, mas que ela depois se distanciou para não prejudicar a sua candidatura. No entanto, ao ver Lugo chegar à Presidência, ela se viu obrigada a contar tudo. Ela reiterou que não solicitará nada do ex-bispo católico, nem o sobrenome, porque segundo ela "há grandes interesses de grupos mafiosos que querem tergiversar e desviar". "Entendo sua situação, e por isso respeito esse sentimento e por isso não peço absolutamente nada", ressaltou Morán. Lugo ocupou o posto de bispo de San Pedro até 11 de janeiro de 2005, mas manteve o hábito religioso até 18 de dezembro de 2007, quando renunciou para se candidatar à Presidência.