Um raro quadro do século XVII, confiscado em 1937 pelos nazistas, foi restituído nesta terça-feira, Dia do Holocausto, aos herdeiros do marchand Max Stern.
O quadro, o retrato de um gaiteiro pintado por um mestre flamengo, foi devolvido aos herdeiros de Stern - três universidades em Montreal e Jerusalém - durante uma cerimônia em Nova York por ocasião do Dia do Holocausto.
A obra será levada para Montreal, onde ficará exposta no Museu de Belas Artes de Quebec, disse à AFP Clarence Epstein, diretor do Projeto de Restituição de Arte Max Stern, que participou da cerimônia.
Epstein destacou o apoio das autoridades americanas para se recuperar as obras que pertenciam a Stern, um marchand judeu alemão, que fugiu para o Canadá, onde morreu.
As universidades canadenses Concordia e McGill e a Universidade de Jerusalém são os herdeiros de Stern.
Há dois meses, o Bureau de Processos do Holocausto do departamento bancário do Estado de Nova York localizou o quadro em um inventário de um marchand americano que viajava para uma feira em Maastricht, Holanda, revelou a Universidade Concordia.
Ao regressar aos Estados Unidos, o marchand devolveu o quadro, após ser advertido pelas autoridades sobre sua origem.