O líder opositor venezuelano Manuel Rosales pediu oficialmente o asilo ao governo peruano por considerar que é um perseguido político em seu país, informou nesta terça-feira seu advogado no Peru, o constitucionalista Javier Valle Riestra.
"Agora nos resta esperar a resposta do governo peruano, que tem como prazo dois meses", afirmou Valle Riestra.
Pela manhã, o chanceler peruano José Antonio García Belaunde, entrevistado pela AFP, informou que o dirigente opositor venezuelano Manuel Rosales já se encontra no Peru.
O influente jornal El Comercio, citando fontes diplomáticas, também noticiou que Rosales, prefeito da cidade de Maracaibo e acusado em seu país de enriquecimento ilícito, estaria no Peru desde domingo passado em busca de asilo.
Segundo a publicação, Rosales, considerado o principal opositor ao presidente Hugo Chávez, iniciou gestões com as autoridades peruanas para tramitar o asilo. No momento, nenhuma confirmação ou desmentido havia sido feito por parte das autoridades.
Rosales, candidato presidencial nas eleições de 2006, teve sua prisão provisória decretada pela Procuradoria há um mês. Ele alega que as acusações são mera perseguição política.
Omar Barboza, secretário-geral do "Um Novo Tempo" (social-democrata), anunciou em uma entrevista coletiva à imprensa na segunda-feira que a decisão de solicitar asilo político para o prefeito obedece à intenção de "continuar percorrendo o caminho democrático", pois de outra forma Rosales teria que passar por uma situação de clandestinidade.