Os Institutos americanos de Saúde (NIH) divulgaram nesta sexta-feira um projeto relacionado ao uso de células-tronco embrionárias humanas em pesquisa pública, excluindo as práticas controvertidas como a criação de embriões especificamente para fins científicos.
Os NIH propõem estender o financiamento da pesquisa pública somente às instituições que usam células-tronco excedentes, deixadas por casais em clínicas que realizam fecundações in vitro - que seriam de todas as formas destruídos -, segundo o documento publicado em seu site.
As regras propostas serão submetidas a três meses de comentários públicos. Respondem à decisão de 9 de março do presidente Barack Obama de levantar a proibição por seu antecessor George W. Bush, por motivos morais e religiosos, do uso de dinheiro público federal para financiar pesquisas sobre novas linhagens de células-tronco embrionárias.
A utilização destas células em estudos provoca a destruição do embrião, considerado um ser humano por grupos religiosos.
Obama havia dado quatro meses aos NIH para enunciar as novas regras sobre esse tipo de investigação.
Ao anunciar a decisão, o presidente invocou o potencial desse tipo de células para tratar enfermidades incuráveis como a diabetes, o Mal de Parkinson ou reparar tecidos nervosos da medula espinhal destruídos em acidentes.
As células-tronco têm a capacidade de converter-se em qualquer tipo de células humanas.