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EUA enquadram três cartéis mexicanos na lei contra o tráfico

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Os Estados Unidos designaram formalmente os cartéis mexicanos de Sinaloa, La Familia e Los Zetas como organizações narcotraficantes, com seus bens podendo ser, a partir de agora, apreendidos e embargados no país, informou nesta quarta-feira (15/4) a Casa Branca. Essas organizações serão, a partir de agora, identificadas na Lei de Designação de Líderes Narcotraficantes (de 1999), explicou em entrevista à imprensa o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. "A ação destaca o apoio do governo americano à valiosa ofensiva do presidente (mexicano Felipe) Calderón contra os cartéis e nossos esforços para chegar às suas bases, que geram milhares de milhões de dólares anualmente", afirmou Gibbs. A partir de agora, "o Departamento do Tesouro poderá bloquear ou embargar qualquer bem, conta ou investimento que pertençam a esses cartéis, ou dos que ajam em seu nome, sob jurisdição americana", detalhou Gibbs. A lei obriga o presidente dos Estados Unidos a citar organizações ou narcotraficantes a cada 1º de junho. O presidente Barack Obama decidiu agir antes dessa data por uma questão de urgência, disse o porta-voz. "É a primeira vez que um presidente atua fora desse prazo de 1 de junho", destacou o porta-voz. Obama viajará nesta quinta-feira ao México, na primeira visita oficial a um país latino-americano, tendo a luta contra o narcotráfico como principal tema de discussão com o colega mexicano. O cartel de Sinaloa, baseado no estado do mesmo nome, no litoral do Pacífico, la Familia, centrada no sul do México e a organização de los Zetas, mercenários ex-militares que operam no noroeste do país, são três dos principais e mais sanguinários cartéis mexicanos. A guerrilha das FARC colombianas foi enquadrada pela lei americana em 2002, o cartel do Golfo, em 2007 e a 'Ndrangheta calabresa, em 2008, entre outros.